Situação será agravada caso não haja recursos necessários para a recuperação da Ponte sobre o Rio Itajaí-Açu II em Ibirama

Após o fracasso da licitação para as obras de recuperação da ponte sobre o Rio Itajaí-Açu II, no KM 113,  limite entre os municípios de Ibirama e Apiúna na BR-470,  elas seguem sem previsão de acontecer. A licitação seria realizada no fim do ano passado, mas os valores apresentados por três empresas concorrentes ficaram acima do orçamento estimado pelo DNIT, que era de R$ 7,8 milhões. A menor oferta foi de R$ 10,8 milhões. Atualmente, os desgastes visíveis na estrutura preocupam que trafega pela rodovia. A ponte apresenta “estado sofrível”, conforme tabela de classificação, que vai de 1 a 5. De acordo com inspeções realizadas pela autarquia, a estrutura já apresentava condições de estabilidade e de conservação considerada sofríveis em 2016. Desde então, sua reabilitação é considerada prioritária pelo DNIT em Santa Catarina. Conforme informado pelo DNIT, a nota significa que a estrutura não possui risco de queda, mas os desgastes nas cabeceiras são visíveis, com a formação solavancos nas juntas de dilatação em cada lado do tablado. “Não há degraus, há erosão de material do aterro nas cabaceiras e sempre que possível fazemos o reparo. Mas é um trabalho que precisa ser feito eventualmente”, respondeu à reportagem, o supervisor do DNIT em Santa Catarina – Unidade Rio do Sul, Cristhiano Zulianello dos Santos. A manutenção da ponte foi incluída no Programa de Reabilitação de Estruturas (PROARTE) e deve ser licitada ainda este ano através do regime diferenciado de contratação (RDC), mas as ações dependem da captação de recursos financeiros do Governo Federal. “O DNIT de Brasília trabalha em novo orçamento e será lançada nova licitação neste ano, mas não há informação sobre data”, adiantou Zulianello.

HistóricoEm 2016, após inspeção da ponte foi informado em relatório que a mesma apresentava condições de estabilidade e conservação consideradas sofríveis, com grande incidência de corrosão em lajes e vigas de concreto. O relatório de inspeção destacou ainda que dois blocos de estacas da fundação necessitariam de observação sistemática em função de desgastes pela ação da correnteza das águas do rio. Em 2020, também foi recomendado que os motoristas evitassem para sobre a pista de rolamento da ponte. Com 202 metros de comprimento, a ponte sobre o Rio Itajaí-Açu II apresenta grande incidência de corrosão em lajes e vigas de concreto, além de blocos de estacas da fundação desgastados pela ação da correnteza, de acordo com o laudo de agosto de 2016. Cerca de 11 mil veículos trafegam diariamente pela estrutura. A ponte é a única ligação com o meio oeste, com o extremo oeste catarinense. Ainda em 2016, a superintendência do Dnit em Santa Catarina encaminhou um novo pedido para priorizar a reabilitação da estrutura. “Tal priorização justifica-se pelo acelerado avanço de patologias em elementos estruturais importantes”, aponta documento encaminhado à Coordenação de Manutenção de Estruturas e Contenções do Dnit, em Brasília.  O documento destaca também que o Dnit/SC solicitou urgência na inclusão da ponte no Programa de Reabilitação de Estruturas (Proarte) à sede do DNIT.


Rede Vale norte de Comunicação. - Jor. Marcelo Zemke/ JVN